Menção Especial no EUROPAN 13: Computers Aren't Food / Barcelona

Escrito por ArchDaily Team | Traduzido por Romullo Baratto

O escritório R {arquitectes} foi premiado com uma das menções especiais do concurso EUROPAN 13 - o primeiro prêmio de arquitetura e urbanismo de grande alcance da Europa - com Computers Aren't Food, um projeto de regeneração urbana para Barcelona que propõe um edifício autossuficiente de habitações sociais coerente com o conjunto e seu entorno imediato.

Dos arquitetos: Barcelona é uma cidade com alto índice de consolidação urbana. Apresenta grande densidade de população e de atividades que se distribuem de maneira muito homogênea.

O conceito de ecologia tem a ver com a necessidade e recursos a nível local. O paradigma da nova revolução natural e ecológica nos leva a fazer um edifício e conjunto com estratégias de localização.

Entornos urbanos produtivos: Renaturalização

Mundialmente, perdem-se anualmente 7 milhões de hectares de terras agrícolas. A isto deve-se somar o abandono e envelhecimento do setor agrário e o crescimento da população mundial; a previsão é que em 2050 as necessidades alimentícias aumentem 70% em relação às atuais.

A marginalização e constante pressão nas zonas agrícolas supõe hoje um futuro problema de produção alimentícia. É chegada a hora de abordar esta problemática, incorporando estas áreas no planejamento das cidades.

Propomos que o Parque Agrícola de Baix Llobregat penetre a cidade, criando um grande sistema renaturalizador que atravessa Barcelona.

Entornos urbanos produtivos: Reindustrialização

Após o vórtice financeiro multiplicaram-se os chamados à repensar a ativação dos processos produtivos nos países desenvolvidos através de novos modelos que combinam inovação, manufatura avançada e proximidade.

A regeneração das zonas industriais passa por sua integração à cidade. Propõe-se impulsionar a produção local com a reconfiguração espacial de alguns dos edifícios existentes.

A habitação

A tipologia dos edifícios tem um papel fundamental no desenvolvimento dos meios de vida dos cidadãos. A habitação social debe enfatizar este conceito, propiciando estratégias para uma maior integração social e laboral.

Devido ao aumento das pessoas que trabalham em casa e suas diferentes necessidades espaciais e funcionais, propõe-se um edifício que, em planta baixa, abrigue uma série de espaços para aluguel: salas de reunião, espaços para eventos, áreas de leitura, salas de trabalho coletiva etc.

Praticar o projeto sustentável não apenas no que diz respeito aos edifícios, mas em todas as escalas: territorial, urbana e doméstica.